Escala de dor
Quando comecei a lidar com a dor física diariamente, uma variedade de sintomas e limitações impactavam no meu dia a dia e não me permitiam fazer uma das coisas que mais adoro, desenhar!✏️
Procurar uma solução para voltar a desenhar diariamente, obrigou-me a pensar em diferentes estratégias para o fazer, uma vez que desenhar da forma como conhecia até então já não era possível. As estratégias passaram por: desenhar na vertical, ao colar o caderno na parede (foto 1), e dependendo dos sintomas, desenhar na diagonal com o apoio do cavalete (foto 2). 👉🏻
O agregador de tudo isto tornou-se muito claro, a dor, e de forma muito natural ao desafiar-me diariamente a diferentes níveis, surgiu um registo diário da minha própria “Escala de dor”.✏️✨
Mantendo a métrica da Escala (EVA) usada em consultas em que: 🟢 = dor mínima/ausência de dor; 🟡 = dor moderada ; 🔴 = dor máxima; Criar o meu registo diário de dor permite-me, até hoje, não só ter uma noção de todo o processo, bem como compreender melhor a minha dor em certos momentos e partilhar essa informação com os profissionais que me ajudam a lidar com a mesma.📚
Aprendendo que a dor é um processo não linear, este registo permite-me perceber que: num dia menos positivo, um dia bom pode estar ao virar da página, e que num dia bom se deve aprender a fazer uma gestão de recursos para não deitar tudo a perder.✨
Lidar com a dor e restantes sintomas será um processo contínuo e impossível sem a ajuda de tantos 💛
Um especial obrigada a quem me continua a ajudar nesta gestão:
Ao Dr. Miguel Nunes - Por nunca ter desistido de mim e por ser sempre um apoio incrível.🙌🏻🦄
Ao Dr. José Costa - Pela ajuda e por ter sempre a porta aberta para mim.😊
À Dra. Inês Brás Marques - Por correr tudo para me apresentar sempre uma nova solução.✨
Não há nada de bom na dor e em conviver com a mesma diariamente. Contudo, a dor traz consigo uma certa sapiência, estejamos nós com a disponibilidade e sensatez para aprender algo com ela.🧠
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